Há algumas verdades inquestionáveis no mundo corporativo. 

Liderança é, por natureza, uma construção coletiva. Um líder de verdade contribui diretamente para a formação de outros líderes. E uma liderança isolada, que toma decisões sem escuta ou apoio, corre o risco de perder conexão com a realidade, afastar talentos e criar uma cultura de medo e dependência, onde tudo gira em torno dele.

Liderar, portanto, não é ocupar o topo de uma pirâmide. É sustentar um ecossistema em que o melhor de cada um encontra espaço para crescer e se expressar. Um líder isolado, que carrega tudo sozinho, não é forte: está sendo vulnerável.

Grandes resultados nascem de redes de confiança, não de heróis solitários. Mesmo profissionais liberais, artistas e outros talentos, necessitam de um background que sustente, acredite, colabore e promova suas iniciativas. Nunca é individual, portanto.  

É preciso assumir riscos. E isso emana da sua visão de mundo.

Nenhuma inovação, nenhum salto de crescimento, nenhuma real transformação acontece sem risco. A questão é que, muitas vezes, cautela e paralisia se confundem. Assumimos uma postura que parece estratégica, mas que, na prática, serve apenas para esconder o medo da decisão

Alguns animais irracionais, diante da ameaça, paralisam leia mais aqui. Outros fogem. Há aqueles que se fingem de mortos. No mundo corporativo, essas reações também aparecem: empresas que não decidem, que fogem de conflitos, que se escondem atrás de processos ou burocracias, comportam-se de forma semelhante. Mas no ambiente de negócios, há uma diferença: a omissão tem custo, e o tempo engole os que demoram a agir.

Assumir riscos não é agir de forma inconsequente. É reconhecer que o conforto do agora pode estar impedindo o progresso de amanhã. Em muitos casos, o risco maior está justamente na não ação. Temos vários exemplos no mundo corporativo de empresas que falharam gravemente por não agirem na hora certa.

Assumir riscos é, portanto, agir de maneira consciente, alinhada com um propósito claro, mesmo quando a decisão envolve incertezas. Risco é parte do jogo. E quem não aceita jogar, sai do jogo sem aviso.

O tempo certo para plantar é diferente do tempo certo para colher.

Em qualquer portfólio de produtos ou serviços, há uma balança. De um lado, itens que garantem fluxo de caixa e liquidez; de outro, frentes de negócio em diferentes estágios de crescimento e rentabilidade. Alguns demandam mais atenção e investimento inicial, com o potencial de gerar retornos significativos no futuro, como novas ofertas ou tecnologias emergentes. São produtos que exigem paciência para crescer e amadurecer.

Ao lado deles, estão os produtos já estabelecidos no mercado, gerando receita constante e ajudando a manter a empresa financeiramente estável. Esses produtos são a base sólida que permite que iniciativas mais ousadas sejam implementadas, garantindo a continuidade do negócio enquanto se busca inovação. São confiáveis e estáveis, permitindo que a organização continue apostando em caminhos mais ousados, sem comprometer sua segurança.

A estratégia inteligente está em equilibrar esses dois polos: o que sustenta o fluxo de caixa e os que têm o potencial de transformar o futuro da empresa. Para cada tipo de produto, a ação deve ser orientada de acordo com o momento em que se encontra, com o foco certo no desenvolvimento ou na manutenção. Cultivar o novo exige proteger o que já funciona, e é essa combinação que garante crescimento com consistência.

Há uma química de fatores para o alto desempenho no ambiente de negócios. Nem o sucesso, nem o fracasso podem ser explicados por uma única razão ou atitude. É a soma de várias ações. É o equilíbrio entre estratégia, risco, inovação e, principalmente, o trabalho de um time que joga junto. Somente com a integração de todas essas dimensões é que se alcançam resultados consistentes e sustentáveis.

Fontes: 

  • Metodologia proprietária Otimiza Consultoria
  • Vivência nas organizações
  • Literatura de gestão empresarial diversas.