
Imagine-se chefiando a área de engenharia e design de uma montadora de veículos. Suas responsabilidades exigem não apenas conhecimento técnico, mas também habilidades comportamentais diferenciadas. Entre elas, a capacidade de desenvolver e orientar soluções criativas com foco em resultados de alta performance.
A atenção aos detalhes é fundamental, especialmente quando se trata da engenharia de peças críticas e do design de componentes. Poucos setores demandam tanta colaboração e trabalho em equipe quanto este. Sua liderança deve garantir que todos os envolvidos compreendam com clareza o objetivo final do projeto. Esse objetivo vai além do produto em si: envolve a integração de recursos tecnológicos internos e externos, além de considerar o impacto estético, funcional e competitivo do veículo no mercado — um mercado dinâmico e em constante transformação.
O poder de influência para desbloquear impasses, viabilizar investimentos e superar desafios exige uma habilidade central: a capacidade de “criar o futuro”. Isso envolve a gestão eficaz de pessoas, a aplicação estratégica de recursos tecnológicos e a busca pela excelência no gerenciamento do tempo, entre outras competências essenciais.
Entre todas essas habilidades, há uma que, quando desenvolvida, aumenta significativamente a probabilidade de alcançar uma performance superior, tanto nos relacionamentos pessoais e profissionais quanto nos resultados da empresa. Essa habilidade é a assertividade.
Assertividade é uma habilidade comunicativa que consiste em expressar opiniões, desejos e necessidades de maneira clara, direta e respeitosa, sem agredir os outros nem se submeter excessivamente. Ela está situada entre a passividade e a agressividade, representando um equilíbrio ideal em interações sociais e profissionais.
Quando você, líder ou liderado, comunica-se com clareza e objetividade, falando sem rodeios ou ambiguidades, respeitando e reconhecendo tanto seus direitos quanto os dos outros, você conquista respeito, confiança e empatia. Essa postura gera inúmeros benefícios, como a construção e a manutenção de um ambiente de trabalho baseado no respeito mútuo. Isso reduz o estresse, aumenta a autoestima e a confiança, além de facilitar significativamente a resolução de conflitos.
A assertividade se eleva quando reconhecemos nossos direitos e deveres, ao mesmo tempo que valorizamos nossas opiniões e necessidades. Ela está intimamente ligada ao autovalor, sem jamais desmerecer os outros, pois essa postura reverbera positivamente no grupo como um todo.
A assertividade também envolve escuta ativa, valorizando a opinião dos outros. É também linguagem corporal, mantendo o olhar firme e uma postura aberta. Ser assertivo é ser direto, sem recorrer a justificativas ou desculpas excessivas. Trata-se de saber dizer ‘não’, definindo limites de forma educada, porém firme.
Lembre-se de que a assertividade não é inata, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida com a prática do autoconhecimento. Adote essa postura, independentemente do seu cargo ou responsabilidades, e você verá grandes resultados nos relacionamentos e na comunicação. Isso trará mais equilíbrio e resultados positivos para você, para o grupo e para a organização.
Dicas para desenvolver a assertividade:
- Conheça seus direitos: valorize suas opiniões e necessidades;
- Use o “eu”: por exemplo, em vez de “Você nunca me escuta”, prefira “Eu me sinto ignorado quando você não me escuta”;
- Pratique a escuta ativa: demonstre que valoriza as opiniões dos outros;
- Trabalhe a linguagem corporal: mantenha contato visual e uma postura aberta;
- Evite desculpas excessivas: seja direto sem se justificar desnecessariamente;
- Aprenda a dizer “não”: defina limites de forma educada, mas seja firme;
- A assertividade não é inata, portanto, pode ser desenvolvida com a prática e o autoconhecimento. Adotar essa postura pode transformar a maneira como você se relaciona e comunica, trazendo mais equilíbrio e resultados positivos.
Diferença entre assertividade, passividade e agressividade:
Passividade | Assertividade | Agressividade |
Submissão aos desejos alheios. | Equilíbrio entre seus direitos e os dos outros. | Impor sua vontade sem considerar os outros. |
Evita conflitos a todo custo. | Enfrenta situações com diplomacia. | Busca confrontos e intimida. |
Pode causar ressentimento interno. | Promove relações saudáveis e respeitosas. | Gera ressentimento e rupturas. |
Fontes: Metodologia proprietária Otimiza Consultoria; Vivência nas organizações; Literatura de gestão empresarial diversas.