Sobrevivência das Empresas, por Cláudia Betiol.

Estatísticas comprovam que 72% das empresas não sobrevivem ao segundo ano de existência. Esse número assusta, pois pensar que pode falir a qualquer momento interfere nas escolhas do empreendedor e na ousadia de suas decisões. A coragem para manter o negócio não significa ausência do medo, mas a competência do empreendedor em enfrentar esse medo. Manter uma empresa viva no mercado vai além de oferecer produtos e serviços de valor, a um preço competitivo.

Assim como os seres humanos, as empresas demandam de necessidades básicas para sobreviver. Entre essas necessidades estão:

  • a confiança que esta empresa deve ter de que gerará lucro para manter-se viva e competitiva;
  • a oferta de produtos e serviços que atendam as necessidades e desejos dos clientes, diversificando-os de forma criativa e constante;
  • e a credibilidade com seu cliente, estabelecendo uma conexão também emocional com os mesmos, fazendo com que os próprios clientes sejam os divulgadores de sua marca.

Igualmente como acontece com o ser humano, a necessidade do topo da pirâmide para uma empresa é a autorrealização. Essa característica, além de trazer satisfação e prosperidade para a organização, requer trabalho contínuo para manter-se competitiva sempre.

Manter-se no topo em tempos de escassez de recursos é ainda mais complicado. A vulnerabilidade ao fracasso parece estar presente a todo momento. É preciso estar disposto, é preciso manter o foco em seu propósito. É preciso ter um propósito.

A escassez não é apenas uma restrição física, mas também de mentalidade. Manter o foco se torna cada vez mais difícil. Contudo, a escassez captura a mente e nos torna mais atentos e eficientes, nos proporciona errar menos. A escassez muda a percepção e sempre haverá uma forma diferente de pensar.

De qualquer forma, também é preciso cautela. Uma consequência básica da mente humana focada é a exposição à inibição. Quando focamos muito no que parece ser o mais importante, diminuímos a capacidade de pensar em outras coisas que parecem ser menos importantes, embora essenciais.

Muitas empresas desaparecem do mercado anualmente. Buscar a sobrevivência sem nunca se render não é suficiente. Desaparecerão as empresas que não investirem no desenvolvimento de seu capital intelectual, do estratégico ao operacional, e, principalmente as que fecharem os olhos aos desperdícios.

“Muitos dos fracassos da vida são pessoas que não perceberam o quão perto elas estavam do êxito quando elas desistiram.” (Thomas Edison)

Artigo escrito pelos consultores da Otimiza Consultoria: Cissione Tiburi, Cláudia Betiol, Edson Graiczyk e Silvana Tiburi Bettiol.

Fontes:

https://fernandooliveira.com.br/2011/02/as-seis-necessidades-de-uma-empresa/

Livro: Escassez – Uma nova forma de pensar a falta de recursos na vida das pessoas e nas organizações

Shafir, Eldar / Mullainathan, Sendhil

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